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Uma final improvável e um resultado merecido

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  • 2 de abr. de 2023
  • 3 min de leitura

Água Santa e Palmeiras fazem primeiro confronto da final do Campeonato Paulista


Na tarde deste domingo (2), na Arena Barueri, tivemos a primeira partida da final do Campeonato Paulista. Uma final surpreendente até antes de começar e uma grata surpresa depois do primeiro confronto. O time do Água santa venceu com muitos méritos o favorito, e uma das equipes mais consistentes não só do Brasil como da América do Sul, Palmeiras por 2 a 1.

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O começo da partida foi como a maioria esperava, o Palmeiras sufocando a equipe de Diadema, pressionando a saída de bola e criando oportunidades. O desenho do jogo até cerca de 20 minutos do primeiro tempo era que quando o alviverde conseguisse abrir o placar, abriria a porteira e golearia com tranquilidade. Mas como esta final está longe de ser previsível, o Água Santa soube sofrer, segurou a equipe favorita com grande atuação do goleiro Ygor Vinhas e equilibrou a partida.

Após a metade do primeiro tempo, Netuno começou a criar oportunidades, e o que víamos era um time muito bem estruturado que fazia por merecer a classificação à final.


Para coroar o enorme feito do time que até 10 anos atrás nem participava de competições profissionais, e que chegou muito rápido à grande decisão do campeonato estadual, Bruno Mezenga, o grande craque desta equipe de guerreiros, abriu o placar em cobrança de escanteio que surgiu de um gol perdido no exato lance anterior. Era o começo de um sonho que parecia tão distante e agora estava passível de se acreditar, o Água Santa foi para o intervalo vencendo o gigante Palmeiras em uma final.


Na volta do intervalo, o time comandado por Abel Ferreira fez uma mudança que surgiria efeito quase que imediato, a entrada do garoto Endrick no lugar de Breno Lopes. O menino de apenas 16 anos mudou o começo do segundo tempo, criando oportunidades e quase chegou a marcar duas vezes antes de chegar o momento mais aguardado da temporada. Endrick, o menino tratado como ouro desde muito cedo, que brilhou nas categorias de base e já era visto como o futuro não apenas do alviverde, mas do Brasil. Vendido por cifras milionárias ao maior clube da história do futebol, o Real Madri, porém, o menino que fez um excelente final de temporada no ano passado, ainda não fazia jus à sua repercussão neste ano, quando começou como titular e deveria mostrar serviço. Mas nesta final, onde todas as expectativas são quebradas, o garoto precisou de apenas 8 minutos para igualar a partida e ser a única boa notícia para a torcida palmeirense.


O Água Santa não sentiu o baque de ter tomado o empate e massacrou o alviverde até metade do segundo tempo. O time muito bem estruturado, comandado pelo técnico Thiago Carpini, criou muitas chances, exigindo que o goleiro Weverton fizesse boas defesas e contasse com a sorte em uma bola que bateu na trave. A outra metade do segundo tempo foi mais truncada e faltosa, e parecia que ninguém tiraria o empate do placar, até que o herói Bruno Mezenga, em grande atuação, aproveitou o belo passe de Patrick Allan (que havia acabado de entrar) para estufar a rede e encher de esperanças a torcida do Netuno.


Em uma das piores atuações do consistente Palmeiras sob comando de Abel Ferreira, com diversos erros individuais, principalmente na saída de bola, o alviverde sai derrotado no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista, e precisa abrir o olho não apenas para o segundo jogo da decisão -disputado na próxima semana no dia 9 no Allianz Parque- mas também para a estreia na Libertadores no meio da semana.

Já o Água Santa, o que resta agora é comemorar rapidamente este resultado e trabalhar no decorrer da semana para manter o nível e conquistar o sonho de ser campeão. Se conseguir jogar como hoje na próxima semana, o time de Diadema tem grandes chances de ser campeão, já que precisa apenas de um empate para conseguir o título, e a pergunta que eu deixo aqui é: Pelo futebol apresentado no campeonato, o título do Água Santa seria tanta zebra assim?


Texto: Leandro Rodrigues

Créditos da foto: Abner Dourado/AGIF

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